sábado, 19 de dezembro de 2009

Primeira vacina contra o cancro do cérebro?

Hoje li na revista Notícias Sábado' o seguinte artigo:
"Um grupo de especialistas do Hospital da Universidade de Navarra, Espanha, está a tentar encontrar uma vacina contra o cancro do cérebro, tratando o cancro como se fosse uma bactéria ou um vírus. A ideia, infelizmente ainda sem resultados concretos, é educar o sistema imunológico a destruir as celulas cancerigenas.
Para fazer isto, este grupo de cientistas vai fazer ensaios clínicos com 37 pessoas e a escolha do tipo de cancro prende-se com o facto de afectar cerca de 2400 pessoas anualmente, das quais apenas cinco por cento sobrevivem durante cinco anos. O objectivo é criar vacinas individualizadas através das células tumorais de cada doente, que depois de inúmeros trabalhos de laboratório permitiriam, ao introduzir novamente no doente essas células já tratadas, que o sistema imunitário destruísse o tumor.
Para já, os cientistas estão apostados apenas em aumentar a sobrevida dos pacientes/voluntários que, estando numa fase inicial da doença, receberão a vacina, juntamente com os restantes tratamentos, como quimioterapia, radioterapia e medicamentos."

No entanto, ao realizar uma pesquisa sobre o assunto deparei-me com esta notícia de 2007:
"A Suíça vai ser o primeiro país a disponibilizar uma vacina contra o cancro do cérebro. Fabricada pelo laboratório norte-americano Northwest Biotherapeutics, os testes têm demonstrado que aumenta a esperança de vida e diminui as reincidências.
Foram realizados testes em 141 pacientes, cujos resultados mostraram que a vacina aumenta o intervalo de reincidência do cancro de 6,9 meses para 18,1 meses, além de aumentar a esperança de vida dos pacientes de 14,6 meses para 33 meses. Ao contrário do tratamento com quimioterapia, o laboratório garante que esta vacina não apresenta efeitos secundários debilitantes.
A vacina visa desencadear um ataque do sistema imunitário do paciente contra o seu próprio tumor. Os médicos retiram células do sistema imunitário, que em laboratório são expostas a biomarcadores, ao mesmo tempo que as fortalecem. É uma forma de as células imunitárias reconhecerem as marcas específicas do tumor, pois numa segunda fase as células imunitárias são reinjectadas no paciente, actuando de forma mais aguerrida contra o “invasor”, o próprio tumor.
O laboratório espera disponibilizar a vacina nos principais centros médicos e hospitais da Suiça no terceiro trimestre de 2007 e procura obter aprovação para a sua comercialização nos EUA e em outros países da Europa no início de 2009. No futuro, conta levar esta vacina a pacientes de outros países, assim como aplicar a sua tecnologia a muitos outros tipos de cancro."
http://arquivo.hospitaldofuturo.com/?p=169

Alegro-me com o facto de dois grupos de cientistas estarem a trabalhar nesta área, mas ao mesmo tempo pergunto-me porque não ouvimos falar da vacina suíça antes e também porque estarão os cientistas espanhois a tentar desenvolver uma técnica, "infelizmente ainda sem resultados concretos", que já foi desenvolvida com sucesso pelos seus colegas suíços...

Filipa

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