quarta-feira, 31 de março de 2010

Vídeo sobre o piso de oncologia do hospital de S. João

Este vídeo tem algumas das imagens que recolhemos nesta nossa actividade. São poucas, mas têm o essencial. É óbvio que não pudemos andar num hospital feitos fotógrafos. Além disso, as médicas estavam bastante ocupadas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Visita ao piso de oncologia do Hospital S. João

Para a concretização desta actividade, contactámos a Sra. Céu Oliveira, dos Serviços Administrativos, que após ter falado com a directora do serviço de oncologia - Dra. Margarida Damasceno - nos disse ser possível a realização desta actividade.

Assim, no dia 25 de Fevereiro de 2010, deslocamo-nos ao Hospital S. João do Porto para fazer uma visita ao piso de oncologia e entrevistar a Dra. Margarida Damasceno.

A viagem foi de metro, que teve a amabilidade de começar a andar quando a Eugénia e o João Paulo ainda se encontravam lá dentro (a Filipa e a Fernanda já tinham saído). Assim, ainda tiveram a oportunidade de passear pelas ruas do Porto, da paragem do Bolhão até à da Trindade. Que se fique a saber que entretanto começou a chover e nenhum dos dois tinha guarda-chuva!

Primeiramente, a Dra. Daniela, interna do terceiro ano de medicina, mostrou-nos o referido piso de oncologia que inclui os gabinetes médicos e as salas de tratamento para adultos e crianças.
De seguida, a enfermeira Leonilde respondeu a algumas questões por nós colocadas acerca do cancro, do serviço de oncologia do hospital em questão, do apoio psicológico que é dado a doentes e familiares e da sua experiência de trabalho nesta área.
Finalmente, o grupo convidou a Dra. Margarida para participar como oradora na palestra que irá decorrer durante o mini-congresso, no dia 14 de Maio pelas 15h, para falarem acerca da oncologia e da sua experiência enquanto profissionais de saúde desta área.
Com esta visita ao hospital, o grupo adquiriu novos conhecimentos e pôde esclarecer algumas dúvidas acerca desta temática.

Passeio pela Cidade Invicta patrocinado por:
Metro do Porto

Inquérito e respectivo tratamento

Este foi o inquérito realizado para assinalar o Dia Mundial do Cancro, dia 04 de Fevereiro. Para o ver melhor, basta carregar na imagem.
Análise do inquérito:
  • 88% dos inquiridos sabe que o cancro é um crescimento anómalo de células. No entanto, 12% respondeu incorrectamente, dos quais 10% julga que um cancro é uma bactéria;
  • A resposta considerada correcta por nós é “alguns”: a hereditariedade está relacionada com menos de 1% dos cancros em geral - 61% das pessoas interrogadas respondeu correctamente. Com 24%, a resposta negativa foi a segunda mais frequente;
  • O cancro não é contagioso: 95% respondeu correctamente;
  • 42% dos indivíduos considera que o seu estilo de vida aumenta as probabilidades de desenvolver uma neoplasia; 31% responde negativamente e 25% responde que não o sabe;
  • Os cancros mais mencionados foram o da mama, pulmão e cólo do útero;
  • A quimioterapia e a radioterapia são os tratamentos mais conhecidos pela comunidade escolar interrogada;
  • 82% das pessoas interrogadas conhece pessoas que tiveram ou têm um cancro;
  • 56% considera existir uma ligação entre o estado psicológico e o aparecimento e desenvolvimento de uma neoplasia. Este é um tema controverso, mesmo para os especialistas;
  • A maioria desconhece o que são cuidados palativos e, consequentemente, não conhece ninguém que tenha usufruído deste serviço;
  • Cerca de 85% responde correctamente que o cancro não é exclusivo ao ser humano (também os animais e plantas podem ter cancro);
  • Metástases são tumores formados por células que se disseminaram pelo organismo a partir de um tumor inicial – 79% respondeu correctamente;
  • 94% responde correctamente que nem todos os tumores são malignos (existem também tumores benignos);
  • Apenas os tumores malignos são considerados cancro, pelo que a resposta seria “não” (81%);
  • Nem todos os cancros são tumores – 57% respondeu erradamente. Os cancros envolvem o crescimento do tumor à medida que as células malignas formam uma massa. A leucemia é um cancro mas não um tumor;
  • 59% diz que se submeteria a tratamentos médicos para ajudar um desconhecido, ao passo que 30% responde negativamente;
  • Apurámos que 84% dos interrogados não poderia participar na campanha de sangue por falta de idade ou simplesmente porque não queriam. 15% afirmava participar na campanha.

domingo, 28 de março de 2010

Exames neurológicos


Angiograma: é injectado na corrente sanguínea um contraste que permite observar os vasos sanguíneos cerebrais no raio X.

TAC: cria uma visão tridimensional do cérebro através de uma máquina de raios X.

RM: este exame oferece uma imagem do cérebro utilizando um íman potente, um transmissor de radiofrequência e um computador. Na RM pode-se ver melhor algumas partes do cérebro do que na TAC.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tratamentos para tumores cerebrais

O tratamento para um tumor cerebral depende do seu tamanho, local e tipo, como também da saúde e idade da pessoa. A equipa de médicos envolvida no tratamento pode incluir um neurologista, um oncologista e um neurocirurgião. Os principais métodos de tratamento incluem a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Muitas vezes, uma combinação de tratamentos é usada, como a cirurgia e a radioterapia. Antes do tratamento, podem ser dados medicamentos para reduzir o inchaço do tecido cerebral, e/ou para prevenir ou controlar os ataques epilépticos relacionados com os tumores.
  • Cirurgia: é a primeira linha de tratamento e pode remover alguns tumores cerebrais benignos e malignos com sucesso. O objectivo é sempre a retirada total do tumor sem danificar as estruturas nervosas. Muitas vezes, quando o tumor invadiu estruturas vitais, a remoção completa não é possível. Nestes casos, o objectivo da cirurgia passa a ser a retirada máxima, com o mínimo de comprometimento de outras estruturas;
  • Radioterapia: é frequentemente usada após a cirurgia para ajudar a remover as células cancerosas que não puderam ser removidas. Também é usada quando a cirurgia não é possível;
  • Quimioterapia: envolve drogas, normalmente administradas por via oral ou através de injecção, que destroem as células tumorais. Os linfomas cerebrais respondem muito bem à quimioterapia. Pode ser aplicado antes ou depois da cirurgia ou da radioterapia, dependendo do caso específico. Em alguns doentes com cancro cerebral recorrente, o cirurgião remove o tumor e implanta vários discos contendo quimioterapia. O disco dissolve-se ao longo de várias semanas, libertando o fármaco no encéfalo para matar as células cancerígenas;
  • Imunoterapia: estimula os recursos do próprio organismo na luta contra as células tumorais, por meio de drogas que propiciam a produção de substâncias capazes de controlar o crescimento do tumor e destruí-lo.

Diagnóstico e factores de risco de cancro do cérebro

O processo de diagnóstico de um tumor cerebral começa na consulta médica e com um exame neurológico minucioso. A partir de perguntas objectivas, o médico obtém o histórico do paciente e os dados necessários para caracterizar a doença. Em seguida, é feito um exame neurológico que permite verificar os reflexos, a coordenação, a sensibilidade, a resposta à dor e a força muscular. O médico examinará os olhos do paciente com um aparelho iluminado, para conferir possíveis sinais de pressão intracraniana aumentada ou inchaço cerebral. Dependendo dos sintomas ou do exame físico, poderá ser solicitado um ou mais dos seguintes exames:
  • Tomografia Axial Computadorizada (TAC): a TAC cria uma visão tridimensional do cérebro através de uma máquina de raios X. Poderá ser administrado material de contraste para se observar o encéfalo com maior nitidez. O material de contraste permite observar os órgãos e os tecidos de tumores cerebrais;
  • Ressonância Magnética (RM): este exame oferece uma imagem do cérebro utilizando um íman potente, um transmissor de radiofrequência e um computador. Na IRM pode-se ver melhor algumas partes do cérebro do que na TAC. Um contraste especial pode ser injectado no para intensificar as imagens e torná-las mais claras. As imagens podem evidenciar um tumor ou outro problema cerebral;
  • Punção lombar: uma amostra de LCR é retirada da coluna com uma agulha. Em laboratório é verificada a existência de células cancerígenas no líquido ou outros sinais de doença;
  • Angiograma: para este procedimento é injectado na corrente sanguínea um contraste que permite observar os vasos sanguíneos cerebrais no raio X. Se existir um tumor poderá ser visualizado no raio X;
  • Raio X craniano: alguns tipos de tumores cerebrais causam depósitos de cálcio no encéfalo ou alterações nos ossos cranianos. Através de raio X, o médico pode observar estas alterações.

Factores de risco
Não se conhece com exactidão a causa dos tumores cerebrais. No entanto, pessoas com determinados factores de risco estão mais predispostas a desenvolver tumores cerebrais do que outras.
Os seguintes factores de risco estão associados a uma probabilidade acrescida de desenvolver um tumor cerebral primário:
  • Sexo: de modo geral, os tumores cerebrais são mais frequentes nos homens do que nas mulheres. Contudo, os meningiomas ocorrem sobretudo em mulheres;
  • Raça: os tumores cerebrais surgem mais frequentemente em caucasianos do que noutras raças;
  • Idade: a maioria dos tumores cerebrais é detectada a partir dos 70 anos. No entanto, os tumores cerebrais são o segundo tipo de cancro mais frequente nas crianças. Os tumores cerebrais são mais frequentes em crianças com menos de 8 anos;
  • Histórico familiar: as pessoas com familiares que desenvolveram gliomas podem ter maior probabilidade de desenvolver esta doença;
  • Exposição a radiação;
  • Formaldeído: os patologistas e embalsamadores que trabalham com formaldeído têm um risco acrescido de desenvolver um tumor cerebral. Não se observou risco acrescido de desenvolver tumores cerebrais noutros trabalhadores expostos ao formaldeído;
  • Exposição a cloreto de vinilo e a acrilonitrilo (químico).

Tumores cerebrais primários e secundários


Os tumores cerebrais primários mais comuns são os gliomas, que têm início nas células gliais. Existem vários tipos de gliomas:
  • Astrocitoma: tumor que deriva das células gliais em forma de estrela, designadas por astrócitos. Nos adultos, os astrocitomas desenvolvem-se mais frequentemente no cérebro e são de alto grau. Nas crianças, surgem geralmente no tronco cerebral, cérebro e cerebelo e são de baixo grau e benignos. O astrocitoma de grau III é habitualmente designado por astrocitoma anaplásico. O astrocitoma de grau IV é frequentemente designado por glioblastoma multiforme;
  • Glioma do tronco cerebral: este tipo de tumor surge na zona inferior do encéfalo. Os gliomas do tronco cerebral são diagnosticados sobretudo em crianças pequenas e adultos de meia-idade;
  • Oligodendroglioma: tem origem nas células que constituem a substância adiposa que envolve e protege os nervos. Em geral, estes tumores surgem no cérebro. A sua progressão é lenta e habitualmente não se disseminam para os tecidos cerebrais adjacentes. Compreendem cerca de 15% dos gliomas em adultos e têm evolução benigna.

Existem alguns tipos de tumores cerebrais que não têm origem nas células gliais, tais como:
  • Meduloblastoma: tumor maligno com origem no cerebelo, a parir de células precursoras neurais. Pode metastizar a espinal medula. .É o tumor cerebral mais comum em crianças;
  • Meningioma: derivam da mesoderme - folheto embrionário que dá origem a diferentes sistemas, ao esqueleto e aos músculos. São geralmente benignos, mas podem ser recorrentes (que voltam frequentemente) ou malignos. São mais frequentes em mulheres, com incidência máxima na meia-idade;
  • Schwannoma: este tumor raro desenvolve-se a partir de uma célula de Schwann (célula que produz mielina que reveste os neurónios). Com raras excepções, os schwannomas são histologia e clinicamente benignos. Ocorre mais frequentemente em adultos;
  • Linfomas: são tipicamente uma neoplasia maligna de células B (tipo de células do sistema imunitário). Ocorrem com maior frequência em indivíduos imunocomprometidos, especificamente receptores de transplantes ou pacientes com SIDA.
Os tumores secundários (ou metastáticos) têm geralmente origem no cancro do pulmão, da mama e da pele. São mais comuns do que os tumores primários: desenvolvem-se em aproximadamente 25 por cento das pessoas que têm outro tipo de cancro.
Com raras excepções, um cancro que envia metástases para o cérebro é incurável. Portanto, o tratamento é paliativo, destinado a prevenir a incapacidade e o sofrimento e, se possível, prolongar a vida.

terça-feira, 23 de março de 2010

O que são tumores cerebrais?

Um tumor cerebral é uma massa de células que cresce de forma anormal no cérebro.
Alguns tipos de tumores pressionam o tecido nervoso - é o caso de muitos tumores benignos. Os malignos tendem a invadir o tecido nervoso, destruindo-o. Tanto a compressão como a invasão apresentam sinais de alterações irritativas (que se manifestam através das crises epilépticas) e deficitárias das funções cerebrais (levando à perda de funções da área cerebral afectada).

Os tumores podem ser classificados em:
  • Graus I e II - diferenciados, pouco agressivos e considerados benignos;
  • Graus III e IV - indiferenciados e considerados malignos.
O grau do tumor está relacionado com o aspecto das células sob observação microscópica. As células de tumores de alto grau têm um aspecto mais anómalo e tendem a crescer mais depressa do que as células de tumores de baixo grau.

Há duas categorias de tumores cerebrais: secundários (têm origem noutros órgãos e depois disseminam-se pelo cérebro) e primários (têm origem no cérebro).

Muitas vezes, os tumores cerebrais são difíceis de diagnosticar precocemente pois os seus primeiros sintomas são semelhantes aos de muitas outras doenças do sistema nervoso.
Os sintomas dependem da localização do tumor e do grau de comprometimento do tecido cerebral. Por comprometerem progressivamente mais estruturas, com o passar do tempo novos sinais específicos das áreas atingidas vão surgindo. Os sintomas mais evidenciados são:
  • Alterações nas funções sensitivas, que se manifestam sob a forma de formigueiros ou perdas de sensibilidade;
  • Alterações nas funções motoras, que se manifestam por paralisias ou perda do controle motor;
  • Modificações na compreensão ou da expressão verbal, da leitura, da escrita, da memória, do comportamento, etc;
  • Vómitos e náuseas;
  • Dores de cabeça;
  • Ataques epilépticos;
  • Mudanças na visão ou movimentos anormais dos olhos;
  • Sonolência;
  • Mudanças de personalidade.
Os sintomas específicos de um tumor cerebral dependem do seu tamanho e do local em que se encontra. Podem ser causados por vários factores, incluindo:
  • Pressão aumentada dentro do crânio;
  • Lesão de uma área vital do cérebro;
  • Inchaço (edema) e retenção de fluidos em volta do tumor;
  • Hidrocefalia, resultante do bloqueio de LCR que se acumula no interior do crânio.
Bibliografia: Info Cancro

segunda-feira, 22 de março de 2010

Finalmente

Finalmente um alívio de pressão: findaram todas as avaliações deste 2º Período.
Estado actual: em recuperação.

Hoje fizemos a apresentação oral à turma do estado do nosso projecto. Correu bem (já sei que quando a professora vier falar connosco vai dizer "Podia ser melhor", mas julgo que esta é a frase preferida dos professores), apesar de um nervosismo inicial.
Apresentamos parte do nosso trabalho escrito e de forma resumida (o tempo era pouco e tínhamos de dar mais ênfase às actividades): o que é o cancro, sintomas, tratamentos, tumores cerebrais (prometo que nos próximos dias ou férias publicamos esta parte, uma vez que ainda não está disponível no blogue), leucemia e cuidados paliativos.
Em relação às actividades, mostramos os resultados dos inquéritos (mais uma vez, comprometo-me sob minha honra a colocar o inquérito, bem como o seu tratamento, no blogue) e demos a conhecer a nossa visita ao piso de oncologia do Hospital São João (ainda não publicamos nada acerca desta actividade devido à falta de tempo. Escusado será dizer que em breve poderá saber mais acerca dela) e campanha de recolha de sangue e inscrição de dadores de medula óssea (idem).

Para o 3º período espera-nos a realização do produto final e preparação para a importantíssima palestra a realizar na escola. Continuaremos a actualizar o blogue com notícias e informações que consideremos importantes.

Se tiver alguma ideia ou sugestão para o enriquecimento do nosso trabalho, não hesite em comunicar.

Até breve, =)
João Paulo

quarta-feira, 10 de março de 2010

Está a ser testada nova vacina contra cancro do pulmão (CiênciaHoje)

A ideia de encontrar uma vacina capaz de atacar as células tumorais não se mostrou tão útil como teriam desejado os cientistas.
Algumas das tentativas desenvolvidas até então funcionaram apenas a meio-gás, por isso há que ter cuidado a analisar esta notícia: uma terapia eficaz imune contra um tipo de tumor de pulmão − o mesotelioma.
Mesotelioma é dos cancros mais mortais

A teoria é atractiva − se o sistema imunológico do organismo humano fosse capaz de identificar e atacar as células tumorais como faz contra os vírus ou bactérias externas, talvez as próprias células defensivas pudessem acabar com elas internamente. Mas isto não é assim tão simples. É necessário haver uma resposta suficientemente intensa para que tenha potencial anti-canceroso, mas sem efeitos secundários indesejáveis.

A última tentativa de encontrar uma vacina para combater um dos tipos de cancro mais mortais vem publicada na revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

O mesotelioma produz-se na pleura, a membrana que reveste os pulmões e está fortemente relacionado com a exposição ao amianto, um componente tóxico que se usou durante décadas na indústria antes da sua proibição.

A equipa de Joachim Aerts, do Centro Médico Erasmo de Roterdão, na Holanda, tem estado a provar a eficácia de uma vacina contra o mesotelioma.

Os testes em animais mostraram que as células dendríticas do próprio sistema imunitário eram capazes de travar a doença e agora acabam de publicar os resultados com os primeiros dez pacientes que testaram a terapia.

Ensaios e eficácia
Trata-se ainda da primeira fase do ensaio, cujo primeiro objectivo era demonstrar que a terapia também é segura em humanos, mesmo que anteriormente já tenham observado indícios de eficácia.

Os investigadores extraíram células dendríticas imaturas do sistema imunitário de dez pacientes com mesotelioma em fases iniciais que já tinham sido sujeitos a quimioterapia.

Em laboratório, estas células defensivas foram tratadas para que reconhecessem como estranhos os antigénios do tumor e posteriormente foram reinjectadas no organismo (três vezes durante duas semanas).

Mesmo que o trabalho ainda seja experimental para dar conclusões exactas, os investigadores observaram nas amostras de sangue dos participantes um aumento significativo de anticorpos − as substâncias que produz o organismo quando detecta elementos estranhos.

Célula dendrítica ataca célula cancerígena

Em relação a efeitos secundários apenas se registaram alguns problemas de febre e sintomas parecidos com a gripe no dia seguinte à injecção.

Amianto continua a atacar
Detectámos uma resposta imune num número mínimo de pacientes após a vacinação, se isto se traduz numa melhora da esperança de vida a longo prazo deve ser elucidado em futuros trabalhos”, reconhecem os autores. Três dos pacientes mostraram uma regressão tumoral, mas não se pode concluir que se deva à vacina.

Mesmo que o amianto esteja proibido na grande parte dos países desenvolvidos (na União Europeia foi proibida toda e qualquer utilização desta fibra mineral desde Janeiro de 2005), o mesotelioma é uma doença que pode levar de 20 a 50 anos a desenvolver-se desde o momento da exposição.

Por isto, Aerts alerta que a incidência e mortalidade causada por este cancro vai continuar a aumentar mesmo depois de 2020. Com os actuais regimes de quimioterapia, a esperança média de vida depois do diagnóstico não supera os 12 meses e os investigadores acrescentam que “é urgente continuar a trabalhar em vias alternativas que levem a novas terapias”.

terça-feira, 9 de março de 2010

Os telemóveis e os tumores cerebrais

Já todos ouvimos a história de que os telemóveis provocam tumores cerebrais. Mas será que é verdade?

"O uso intensivo do telemóvel não está directamente relacionado com o aparecimento do cancro cerebral, garante o Ministério da Saúde, citado pelo Destak.
(…)
No caso dos telemóveis, admite-se que, do ponto vista teórico, haja “razão de ser” na criação do mito. “Existem três tipos de radiação que podem constituir potenciais factores de risco”, entre os quais a dos telemóveis, lê-se. Mas um estudo levado a cabo por investigadores americanos, (publicado no New England Journal of Medicin, em 2001), onde se compara o tipo e intensidade de utilização de telemóveis de doentes com e sem cancro, indica o contrário.
Nesse estudo, 782 doentes foram internados em hospitais dos EUA com cancro e comparados com 799 doentes também internados mas sem esse diagnóstico, e a “conclusão foi não haver qualquer relação entre a utilização de telemóveis durante um período superior a 100 horas, de pelo menos 60 minutos por dia ou regularmente durante pelo menos cinco anos”, lê-se.
De qualquer maneira as pessoas podem ficar descansadas, já que não existe qualquer relação entre o uso de telemóveis e o cancro cerebral’ "

in POP

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mapas tridimensionais ajudam a detectar cancro na próstata (CiênciaHoje)

Apesar de ser um dos tumores mais habituais, o diagnóstico do cancro da próstata continua a ser um desafio para os oncologistas, que muitas vezes encontram falsos negativos que dificultam o seu trabalho.

Um novo estudo, publicado na revista 'Science Traslational Medicine', aponta um dos caminhos futuros, com o desenho de mapas tridimensionais da doença a partir de alterações químicas que ocorrem nos tecidos nas células malignas.

Segundo explica a equipa de Chin-Lee Wu, do Hospital de Massachusetts, nos Estados Unidos, a investigação foi baseada em metabólitos, pequenas moléculas que são produzidas por reacções químicas no organismo.

Observando as próstatas removidas de cinco doentes com cancro, os cientistas descobriram que era possível usar essa ‘impressão digital química’ para criar um mapa tridimensional do tecido canceroso.

Apesar do grande avanço tecnológico de métodos, ainda há o risco de analisar uma amostra da próstata em que não existe tumor, o que significa que é erroneamente diagnosticado um negativo.

“Apesar da ajuda dos métodos radiológicos, ainda existe uma imperiosa necessidade de novas técnicas para superar estes obstáculos e poder detectar a doença nos seus estados iniciais”, explicam os autores.

Este estudo mediu diferentes metabólitos no tecido da próstata e combinou-os usando tecnologia informática até detectar as regiões de tecido mais alteradas.
Chin-Lee Wu, autor do estudo
Com esta informação somada a uma técnica de imagem como a espectroscopia de ressonância magnética podem detectar-se lesões de cancro com uma precisão de 93 a 97 por cento.

Como explica Wu, é difícil crer que as alterações químicas que se produzem por causa do cancro afectem um único metabólito, e não um conjunto deles. Talvez esta mesma informação sirva no futuro para oferecer outra informação sobre os tumores, como o seu grau de malignidade ou a sua extensão a outros tecidos.


quarta-feira, 3 de março de 2010

Substância em falta para exames de oncologia e cardiologia será necessária por mais 15 anos

"A produção da substância radioactiva molibdénio, cuja escassez está a provocar atrasos nos exames de diagnóstico de oncologia e cardiologia, vai ser necessária por mais 15 anos, segundo um inquérito realizado pela Associação Europeia de Medicina Nuclear.
O "Diário de Notícias" revela na edição de hoje que várias clínicas e hospitais portugueses estão a adiar exames de diagnóstico em cardiologia e oncologia perante a escassez mundial desta matéria-prima essencial à sua realização.
Em causa está a paragem de um dos dois maiores reactores nucleares mundiais que produzem molibdénio, refere o jornal.
(…)
Até agora, os exames urgentes têm sido assegurados, mas para isso é muitas vezes necessário cancelar alguns exames e tornar a marcá-los para quando houver capacidade, disse a médica [Lucília Salgado, médica no Instituto Português de Oncologia de Lisboa], reiterando: "houve alguns períodos mais críticos, mas não tem havido interrupção total de fornecimento".
Apesar de haver exames alternativos, aquela matéria-prima faz falta: "É o nosso cavalo de trabalho", comentou a médica, adiantando que anualmente são realizados milhares destes testes.
"É todo um sistema de trabalho que está a ser abalado porque os nossos equipamentos foram construídos de forma a poder ler com grande eficácia a energia do tecnécio" (substância derivada do molibdénio), sustentou Lucília Salgado, convicta que a sua produção vai ser assegurada, até porque "estão a ser dados passos nesse sentido".
(...)
Para o presidente da Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde, que representa o sector privado, os "casos mais prementes são sempre tratados", com a gestão dos lotes a ser feita "em função das necessidade mais ou menos urgentes".
"Não há propriamente uma consequência drástica para as pessoas que necessitam de realizar estes exames", sublinhou Armando Santos, considerando que esta situação tem "menos impacto" na actividade privada por ter mais de um fornecedor e não ser sujeita a concursos públicos."