quarta-feira, 24 de março de 2010

Diagnóstico e factores de risco de cancro do cérebro

O processo de diagnóstico de um tumor cerebral começa na consulta médica e com um exame neurológico minucioso. A partir de perguntas objectivas, o médico obtém o histórico do paciente e os dados necessários para caracterizar a doença. Em seguida, é feito um exame neurológico que permite verificar os reflexos, a coordenação, a sensibilidade, a resposta à dor e a força muscular. O médico examinará os olhos do paciente com um aparelho iluminado, para conferir possíveis sinais de pressão intracraniana aumentada ou inchaço cerebral. Dependendo dos sintomas ou do exame físico, poderá ser solicitado um ou mais dos seguintes exames:
  • Tomografia Axial Computadorizada (TAC): a TAC cria uma visão tridimensional do cérebro através de uma máquina de raios X. Poderá ser administrado material de contraste para se observar o encéfalo com maior nitidez. O material de contraste permite observar os órgãos e os tecidos de tumores cerebrais;
  • Ressonância Magnética (RM): este exame oferece uma imagem do cérebro utilizando um íman potente, um transmissor de radiofrequência e um computador. Na IRM pode-se ver melhor algumas partes do cérebro do que na TAC. Um contraste especial pode ser injectado no para intensificar as imagens e torná-las mais claras. As imagens podem evidenciar um tumor ou outro problema cerebral;
  • Punção lombar: uma amostra de LCR é retirada da coluna com uma agulha. Em laboratório é verificada a existência de células cancerígenas no líquido ou outros sinais de doença;
  • Angiograma: para este procedimento é injectado na corrente sanguínea um contraste que permite observar os vasos sanguíneos cerebrais no raio X. Se existir um tumor poderá ser visualizado no raio X;
  • Raio X craniano: alguns tipos de tumores cerebrais causam depósitos de cálcio no encéfalo ou alterações nos ossos cranianos. Através de raio X, o médico pode observar estas alterações.

Factores de risco
Não se conhece com exactidão a causa dos tumores cerebrais. No entanto, pessoas com determinados factores de risco estão mais predispostas a desenvolver tumores cerebrais do que outras.
Os seguintes factores de risco estão associados a uma probabilidade acrescida de desenvolver um tumor cerebral primário:
  • Sexo: de modo geral, os tumores cerebrais são mais frequentes nos homens do que nas mulheres. Contudo, os meningiomas ocorrem sobretudo em mulheres;
  • Raça: os tumores cerebrais surgem mais frequentemente em caucasianos do que noutras raças;
  • Idade: a maioria dos tumores cerebrais é detectada a partir dos 70 anos. No entanto, os tumores cerebrais são o segundo tipo de cancro mais frequente nas crianças. Os tumores cerebrais são mais frequentes em crianças com menos de 8 anos;
  • Histórico familiar: as pessoas com familiares que desenvolveram gliomas podem ter maior probabilidade de desenvolver esta doença;
  • Exposição a radiação;
  • Formaldeído: os patologistas e embalsamadores que trabalham com formaldeído têm um risco acrescido de desenvolver um tumor cerebral. Não se observou risco acrescido de desenvolver tumores cerebrais noutros trabalhadores expostos ao formaldeído;
  • Exposição a cloreto de vinilo e a acrilonitrilo (químico).

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