Investigações realizadas têm vindo a demonstrar que existem certos factores de risco que aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver uma neoplasia.
• Historial familiar: algumas famílias têm uma maior predisposição para desenvolver determinados tipos de cancro. Por exemplo, a probabilidade de desenvolver cancro da mama na mulher aumenta até 3 vezes se a mãe ou a irmã tiverem esse tipo de cancro;
• Os indivíduos com anomalias cromossómicas, têm um risco acrescido de contrair uma neoplasia. Assim sendo, os indivíduos que têm Síndrome de Down têm um risco entre 12 a 20 vezes maior de sofrer de leucemia aguda;
• Envelhecimento: o processo de envelhecimento celular implica alterações nos mecanismos de obtenção de energia e de divisão celular, tornando um idoso mais vulnerável ao surgimento de neoplasias;
• Tabaco: investigações recentes demonstraram que o tabaco é responsável por grande parte das mutações que ocorrem nos pulmões;
• Radiação ionizante: pode causar danos na pele e despoletar mutações nas células que levam à formação de tumores;
Os médicos usam raios-X de baixa dose para fazer imagens do interior do nosso corpo (radiografias) e diagnosticar certas lesões, mas o risco de cancro é extremamente pequeno. Na radioterapia, são usadas radiações em doses elevadas, o que aumenta esse risco;
• Determinados químicos e outras substâncias: a exposição ao amianto, cádmio, benzeno, níquel (entre outras substâncias) pode causar cancro;
• Alguns vírus e bactérias, como o caso do:
• Vírus do Papiloma humano (HPV): a infecção por HPV é a principal causa de cancro do colo do útero; pode, ainda, ser um factor de risco para vários tipos de tumores benignos;
• Vírus da hepatite B e C: uma infecção com hepatite B ou C pode vir a originar cancro do fígado;
• Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): a infecção por HTLV -1 aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia;
• Vírus da imunodeficiência humana (HIV): o HIV, o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida), aumenta o risco de desenvolvimento de linfoma e de um tipo de tumor raro, chamado Sarcoma de Kaposi;
• Vírus de Epstein-Barr (EBV): a infecção com EBV tem sido associada a um risco aumentado de linfoma;
• Vírus do Herpes Humano 8 (HHV8): constitui um factor de risco para o Sarcoma de Kaposi;
• Helicobacter pylori: esta bactéria pode causar úlceras no estômago, cancro do estômago e linfoma no revestimento do estômago.
• Determinadas hormonas: um dos tratamentos adoptados na atenuação dos efeitos da menopausa é a terapêutica hormonal, que se baseia na inoculação de hormonas femininas no organismo da mulher. No entanto, este tratamento pode aumentar o risco de cancro da mama, além de outros problemas;
• Álcool: o risco de desenvolver cancro da boca, da garganta, do esófago, da laringe, do fígado e da mama aumenta com a ingestão de mais do que duas bebidas alcoólicas por dia, durante muitos anos;
• Dieta pobre, falta de actividade física ou excesso de peso: estudos sugerem que uma dieta rica em gorduras aumenta a probabilidade de desenvolvimento de cancro do cólon, útero e próstata. A falta de actividade física e o excesso de peso constituem factores de risco para cancro da mama, do cólon, do esófago, dos rins e do útero.