domingo, 14 de fevereiro de 2010

Tratamento do cancro: transplantes

Por vezes, a cura de uma neoplasia passa pelos transplantes.
O transplante de células estaminais (ou da medula óssea) é uma opção para alguns doentes com linfoma não-Hodgkin (tumor com início no sistema linfático).
O transplante envolve o uso de quimioterapia em doses muito elevadas (por vezes com radioterapia) que destrói a medula óssea. A medula óssea destruída deve ser depois restaurada pelas células estaminais transplantadas.

O transplante de células estaminais pode ser:
Alogénico: as células estaminais provêm de outra pessoa - um dador. O dador pode ser um familiar, preferivelmente um irmão gémeo. A medula também pode ser proveniente de pessoas que não familiares e que sejam compatíveis;
Autólogo: as células estaminais provêm do próprio doente, são colhidas antes da quimioterapia de doses elevadas e transplantadas de novo no próprio doente.

Em geral, no linfoma não-Hodgkin os transplantes de células estaminais são autólogos, embora os transplantes alogénicos sejam cada vez mais utilizados.

Existem dois tipos principais de transplantes, consoante a origem das células estaminais:
Transplante de células estaminais de sangue periférico, em que as células são retiradas da circulação sanguínea;
Transplante de medula óssea, em que as células são retiradas da medula óssea.

Após a quimioterapia em doses elevadas ter destruído a medula e antes de esta ter recuperado, o principal risco é a ocorrência de infecções. Este risco mantém-se durante algumas semanas ou meses. Pode ser necessário administrar antibióticos e realizar transfusões de sangue.
Os doentes cujo linfoma não-Hodgkin recidivou/recaiu para uma forma agressiva da doença, quer seja indolente ou agressivo, pode receber um transplante se for essa a terapêutica considerada como a melhor opção.
O transplante pode também ser utilizado no doente com linfoma não-Hodgkin agressivo que não responde à quimioterapia convencional e no que sofre de linfoma não-Hodgkin indolente para aumentar a probabilidade de remissão.

Bibliografia
http://www.roche.pt/sites-tematicos/linfomas/index.cfm/tratamentos/transplante/

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